terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2011!!!


Me despeço de 2010 feliz e cheia de planos!!!! Agradeço à vida por todo aprendizado, todos presentes, e surpresas!!!!


E desejo a todos um 2011 de muita harmonia, saúde, amor e prosperidade!!!!


Em 2011 farei meu diário sobre o planejamento da viagem, e sobre a viagem claro!!!!!

Mal posso esperar!!!!


Muitos beijos!!!!!!!!!!!!!!!!!


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

My Love



Era uma tarde quente, nublada... Muitas lembranças vinham à cabeça. Lembranças de uma vida inteira. O corpo já cansado, e que agora precisa aprender a viver. Uma vida de lutas, filhos crescidos, vitórias, tristezas, netos que agora amparam aquele corpinho frágil. Parece impossível, que aquele companheiro de uma vida toda, forte, grande, rústico já não tinha mais o sangue quente correndo nas veias. Entre vitórias, suor, nascimentos, casamentos, a vida passou. O tempo não deu moleza. Se sente culpada por deixa-lo lá, entre os outros, que como diz uma frase lá escrita quase apagada "agora são todos iguais". Não existe despedida para um amor desses. Nessas horas vemos quantas coisas mesquinhas nos fazem perder tempo de sermos felizes com quem amamos. Porque depois, sentimos falta desses instantes de brigas bobas, e de mágoas que no fundo são pirraças - frutos do nosso orgulho-.

O que importa engolir uns sapos, consentir com a cabeça mesmo sem concordar com uma palavra, ser amiga depois de ser mulher, ser amante querendo ser o único amor. Perdoar erros dos pais, amigos, colegas, amores... O orgulho depois não vai te dar esse tempo perdido de bônus.



sábado, 27 de novembro de 2010

Prosperidade


" Quando estivermos dispostos a sacrificar nosso cômodo e seguro mundo de certezas conquistadas sempre que o prosseguimento da busca se fizer necessário, então, nesse momento estaremos prontos a alcançar todo o nosso potencial."

Quando eu pensava em prosperidade, sempre me vinha à cabeça bens materiais, dinheiro, aquela nota do dólar...

É muito mais do que isso. Descobri hoje! Fiz o curso de prosperidade da Celma Villa Verde, e do Vitor Villa Verde, pais das minhas grandes amigas. Foi sensacional, incrível como atraímos tudo. Eu estou numa fase de transformação, e isso vai ser essencial para muitas mudanças que eu já gostaria de fazer, mas não sabia como canalizar!


É necessário "jogar muitas coisas fora": pensamentos ultrapassados, relacionamentos que já não funcionam mais, pessoas que fazem parte da nossa vida mas nos puxam pra baixo, pensamentos pessimistas, perceber nosso racional sempre tolhindo nossos sonhos, e metas...

Foi tudo maravilhoso, tudo! Todas as pessoas deveriam fazer! Foram vários exercícios, um grupo legal, a comida hare krishna maravilhosa, alongamento de yoga, mantras, essências, incenso...

Sejamos prósperos, pensemos grande, façamos o bem, e sempre antes de tudo sejamos fiéis aos nossos sentimentos, objetivos, sensações... Isso de pensar uma coisa, e agir diferente só contamina a gente, e embaralha nosso mundo. Que a entrega, e principalmente a ação seja verdadeira e de acordo com nossas consciências!


Hoje sou outra, mais agradecida ainda. Agradeço a vida, sempre gentil, aos meus pais e ancestrais, aos meus amores, meu trabalho, meu bichos,minha faculdade, plantas, natureza,todas as artes , oportunidades, TUDO!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Toda Beleza



Ontem assistindo o show do Paul, fiquei extasiada com tudo! Com as imagens passando atrás, com a empolgação dele no show, e de todos da banda, os efeitos com fogos e luzes, o público afinado com ele, calmo, com aquelas luzes das câmeras digitais substituindo os isqueiros no passado. Foi lindo, emocionante. Como já sabia que nesse fim de ano estaria atolada de coisas, nem cogitei ir, mas senti uma dorzinha no peito ontem. Algumas coisas na vida valem qualquer esforço, principalmente as que emocionam, as que fazer tremer a alma da gente.

Aí fiquei pensando na beleza das coisas. E principalmente das pequenas, do nosso dia a dia. Todo dia quando acordo, já sou recebida pelo dia com a alegria da minha sheepdog, que fica comigo até a hora de sair, quando estou na cozinha preparando o café, tomando banho, deitadinha do lado do box. E assim meu dia começa, com sorrios, "bom dia", música, pássaros, miquinhos no meio fio, expectativa, fórmulas, trabalho, almoço, encontros, projetos, banho quente, conversa com mãe, pai, torpedos com as amigas, um seriado antes de dormir, minha camona gostosa...

Gosto muito do momento que antecede, daquela expectativa boa, tipo quando a gente está com muita fome, com amigos e prepara o almoço. Aquele azeite fritando o alho, tudo separado para jogar junto... Aquelas taças de vinho postas a mesa, antes mesmo do vinho ser aberto. Cheiro de eletrônico novo, livro, plástico, foto, roupa... Cheiro de terra molhada antes mesmo da chuva chegar, as amigas em volta do fogão esperando o brigadeiro ficar pronto. O trailer daquele filme muito esperado, comprar amendoim com chocolate antes do teatro, a lua laranja no começo da noite, planejar uma viagem, sentir cheiro de fruta, de rosa no amanhecer...

Tudo faz parte do contexto, não temos como pular nenhuma etapa, ou sentir falta de outra no processo...

A beleza, quando aprendemos a ve-la aparece em todos as coisas.



domingo, 24 de outubro de 2010

Clair de Lune

Algumas músicas mexem muito com as emoções, incrível como uma só traz à tona diversas sensações, memórias, até de coisas que não vivemos.




Clair de Lune
Debussy




terça-feira, 19 de outubro de 2010

510 anos de mentira

Nesse mundo precisamos nos adaptar, e nos atualizar sempre, em tudo. Somos muito exigidos, porque o trabalho pesado, os projetos suados ficam sempre nas mãos dos executores. A história mostra todo percurso, com muitos obstáculos, de quem pesquisou a fundo, expôs suas idéias e quis desmascarar e bater de frente com um sistema. Vimos que "calaram" a boca de muita gente boa, quem tinha peito e um raciocínio não corrompido, sumiu misteriosamente. Alguns até mudaram radicalmente seu discurso em prol de sua própria integridade.

Para aliar sua segurança, a continuidade de um projeto honesto e defender suas idéias, a humanidade precisa ser malabarista. Bater de frente é perder energia a tôa, no entanto a ideia de vestir a camisa por uma ideia mesquinha, mas que é facilmente vendida é uma violência. Nosso desafio é sobreviver entre os bandidos demagogos, numa luta onde a paciência é essencial.

Hoje, damos um passo atrás evitando explosões, ouvimos calados todo aquele discurso santo sair da boca dos mais podres, assistimos enjoados o -governo encontrar brechas, mamar com a maior tranquilidade, pessoas despreparadas assumirem cargos, falso tenente-coronel atuar como leonardo di caprio brasileiro, andar nas ruas sem saber quem é policial-policia, policial-bandido, bandido-policial, pessoas votarem na possibilidade de continuidade de um governo que só iludiu, fez de palhaço, comprou com esmola, freou quem poderia realmente mudar, e quer a todo custo alienar as mentes pensantes.

Nos fazemos de planta, rebolamos para não vomitar tudo isso, tem gente que lança filme para tentar passar na censura e não ser metralhado, tem menina burguesa que não aguenta mais nada e usa um blog como válvula de escape, têm pessoas militando, doando um tempo por debaixo dos panos para realmente tentar fazer o bem, um bem, para quem precisa. É, não tem jeito, precisamos dançar conforme a música, e dar um jeitinho brasileiro de gritar, e lutar contra essa podridão toda.

A luta não é contra a igreja, os militares, a política. É contra nós mesmos.

Podem me chamar de ignorante, mas meu voto é nulo.


domingo, 17 de outubro de 2010

Cartas - I

Mais Fernando


Domingo, 29/11/1920

(...)

Quanto a mim...

O amor passou. Mas conservo-lhe uma affeição inalteravel, e não esquecerei nunca - nunca, creia - nem a sua figurinha engraçada e os seus modos de pequeneina, nem a sua ternura, a sua dedicação, a sua indole amoravel. Pode ser que me engane, e que estas qualidades, que lhe attribúo, fossem uma illusão minha; mas nem creio que fossem, nem, a terem sido, seria desprimor para mim que lh'as attribuisse.

Não sei o que quer que lhe devolva - cartas ou que mais. Eu preferia não lhe devolver nada, e conservar as suas cartinhas como memoria viva de uma passado morto, como todos os passados; como alguma cousa de commovedor numa vida, como a minha, em que o progresso nos annos é par do progresso na infelicidade e na desillusão.

Peço que não faça como a gente vulgar, que é sempre reles; que não me volte a cara quando passe por si, nem tenha de mim uma recordação em que entre o rancor. Fiquemos, um perante o outro, como dois conhecidos desde a infancia, que se amaram um pouco quando meninos, e, embora na vida adulta sigam outras affeições e outros caminhos, conservam sempre, num escaninho da alma, a memoria profunda do seu amor antigo e inutil (...)



Fernando Pessoa



Domingo, 17/10/2010


Quase 80 anos depois, e a descoberta de que certas coisas não mudam, ou são iguais em todos nós. Cartas nos revelam muito , guardam surpresas para o futuro, mostrando toda pureza, esperança e romantismo que talvez não existam mais. Assim como as fotos, são capazes de revelar exatamente o momento vivido, e todos os sentimentos que ele acarretou.

sábado, 16 de outubro de 2010

something in the way...

Estou numa semana muito George Harrison, e descobri que talvez ele seja meu preferido dos beatles. Acordei um dia com "while my guitar gently weeps" na cabeça. Tomei meu café tentando cantar, para lembrar do nome e colocar para tocar. Consegui, com alguns pedacinhos da letra que eu lembrei, (os únicos pedaços da letra que não foram inventados hahaha). Ah, tão bom ouvir, parece que saiu da sua cabeça.

Aí, depois ouvi direto, praticamente em todos momentos que tive uma chance, "something".
Ouvindo a letra, pensei nisso. Naquelas coisas especiais, de cada pessoa que gostamos, aquela marca, coisas que nossos sentidos instantâneamente nos fazem lembrar.

Aquela risada gostosa, aquele olhar vivo-sábio-curioso-ingênuo, o barulho discreto de um certo sorriso, o perfume, o cheiro da pele, do cabelo, um livro, um cd, um lugar, um filme, uma música, voz, uma sobremesa, uma estação...

Ficamos sempre preocupados em prender as pessoas, nessa mania de querer possuir tudo. Mas esquecemos que além de ser impossível, o essencial fica com a gente. Nosso diferencial, a marca que é diferente em todos nesse mundo enorme. Algumas sensações aguçadas pelos nossos sentidos, que não podem ser explicadas, imitadas...


‎"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre"


Bob Marley
















Novos ventos

Primavera

Cecília Meireles


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

domingo, 10 de outubro de 2010

Escolhas

Dificilmente você encontra hoje uma pessoa decidida. É uma confusão geral, muito querer e poucas decisões, objetivos. Essa necessidade de estarmos certos o tempo inteiro, de não termos o direito de errar, acabou gerando trocentos indecisos, postergando a escolha até do que comer no café. Se existe uma coisa boa em ser ansiosa e agitada, é ter sempre uma força me impulsionando a pegar um caminho. Depois me entendo com os resultados, se não forem os esperados. O mais complicado é que esses sem rumos atrapalham nossa vida, se misturam, pegam carona, assistem em cima do muro. Muitas coisas perdem o timing, por causa dessa falta de posicionamento. Hoje fico encantada com quem é objetivo, com quem se expõe, defende uma idéia, é franco. Estamos acostumados a encher linguiça, colocar em banho maria, aceitamos qualquer baboseira como resposta. Até um sincero "não sei" as pessoas não dizem mais. É preferível fazer um discurso vazio, que não nos diz nada.

É ridículo assistir ao debate de candidatos à presidência e não ouvir nenhum projeto consistente. Metas, nada! As unicas respostas diretas são aquelas para agredir o adversário.


Adoro as pessoas, sou compreensiva, tolerante, porque sei das minhas falhas, muitas deles iguais às que crítico tanto nos outros. Mas ultimamente tenho ficado muito impaciente com esses escorregadios. E, para evitar qualquer estresse, quando começam a fazer os rodeios, minha mente se desliga, fica em off "ZzzzzzzzzzzzzZZZZZzzzzz".


Mas ainda vale se expor no meio desses hipócritas ensaboados.

sábado, 9 de outubro de 2010

All my loving

Hoje meu pai e john lennon fazem aniversário. Apesar de meu pai ser infinitamente mais especial, sinto uma coisa parecida nos dois. Esse jeito doce de falar da vida, carregando pelos anos a fora aquele ar de menino sonhador, muita vida, muita esperança. Caí aqui nesse mundo, e logo de cara encontrei os amores da minha vida.






sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Atravessiamo


Assisti "comer, rezar, amar". O livro é delicioso assim como o filme. Estranho como as coisas caem em nossas mãos, nos momentos certos. Senti meu coração todo partido há pouco tempo, e passei por muitos caminhos até decidir por esse agora. Tentei fingir que nada aconteceu, fui humilde, reconheci minha dor, tentei viver um novo amor para apagar aquelas sensações, até chegar à esse lugar que estou, e que me parece ser o melhor até agora, a decisão mais acertada.

Quando tinha 15 anos, fui atropelada. E até isso na minha vida foi um episódio cômico. Fiquei com algumas marcas, mas nada sério me aconteceu. A minha primeira grande lição de como a vida é preciosa. Imagina, uma adolescente cheia de complexos, que tinha acabado de tirar o aparelho fixo e estava encantada com isso, quebrar alguns dentes (manchados de piche de asfalto), e levar 14 pontos na testa. Na época nem me liguei nisso, fiquei toda boba com o carinho e a atenção que minha família e meus amigos estavam dedicando. E sem sentir fui mudando para compensar as marquinhas do Frankenstein... Cortei o cabelo super curto, fiz pela primeira vez a sobrancelha (que era identica a do Ziraldo), me cuidei bem mais...

A cicatriz no inicio doeu a beça, tinha vergonha dela... Depois ela foi começando a sumir, e ficou dormente, até hoje não sinto essa parte direito. Meus dentes, ninguém diz, a dentista fez um trabalho muito bom. Mas a sensação daquele dia, fica até hoje. Saí vitoriosa, como se a vida tivesse me dado outra chance de realizar meus sonhos, meus planos... Como em video game, aquele coraçãozinho com todas as bolinhas do lado.


E todas marcas são assim mesmo né? Consciente ou inconscientemente a gente busca mais nosso crescimento, em outras áreas para compensar aquela dormente.

Pude constatar que só você pode cuidar da sua cicatriz. Chega uma hora que precisamos ser mais responsáveis, e usar alguém, algo ou qualquer substância para curar uma dor, não faz o menor sentido. Quando comecei a prestar atenção na marca que ficou do atropelamento, ela foi diminuindo. Passei muito protetor, hidratante... Esse post tá assim, sacal, óbvio, mas vá colocar em prática. Antes dava vários conselhos para as pessoas... As vezes mesmo sem elas me pedirem. Agora vai perdoar de coração, aceite a porrada sem culpar ninguém, se levante sem uma bengala ou sem apoiar no braço de outra pessoa. Putz, difícil demais. Mas fiz isso. Me senti traída, fiquei revoltada com pessoas no meio profissional que tentam engolir a gente, achei que a vida estava me sacaneando. Mas não segui o caminho clichê, de engatar num romance forçado para me curar de outro, ou para me sentir por cima, consegui me impor sem deixar de ser ética e me contaminar, e por fim organizei toda bagunça depois do vendaval, reconheci que foi causado por mim, e para o meu crescimento, portanto a faxina era de minha responsabilidade. E tudo foi pro seu lugar. É muito bom sentir orgulho, perceber que tudo feito para o bem, de coração deixa a gente em paz. E nos fortalece, principalmente. Hoje, não sinto pena, raiva, muito menos ódio de quem atravessa nosso caminho, e tenta nos derrubar, corromper, trai nossa confiança, as vezes de anos. Eles, assim como eu, você, já sentiram a mesma dor, ou alguma dor. E o que mais precisam agora é de compreensão, luz.


Meus planos agora são conhecer, e reconhecer tudo que puder. Experimentar tudo que meus olhos, meu coração e meu paladar puderem. Praticar mais essa entrega, e aos poucos costurar toda minha coleção de retalhos...


A vida tem trilhões de técnicas para preparar a gente, e me sinto pronta. Hoje faço coisas que estava super travada, como planejar viagens, voltar a correr a noite, fazer meus horários de estudo, ouvir música, leitura, programas fora da rotina. E tudo fluirá a contento, a vida tem dessas coisas, quando paramos de forçar a porta, quando tudo simplesmente te leva pelo simples fato de gostar de viver, pela sede de conhecimento e abertura da mente, as portas se abrem...

"... Faço o melhor que sou capaz, só pra viver em paz"




terça-feira, 28 de setembro de 2010

Too Many Thoughts

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
(...)

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo

Fernando Pessoa




domingo, 26 de setembro de 2010

Feelings


Sonho é uma palavra que desperta muitas sensações. Aqueles possíveis e impossíveis, aqueles deliciosos de padaria, e aqueles que são frutos do nosso subconsciente, de um dia pesado, da saudade ou até mesmo intuitivos.

Tem dias em que torço para sonhar com alguma coisa, ou com alguém que por algum motivo não convivo mais. Algumas vezes fui atendida, e acordei muito feliz... Quando era mais nova, se eu passasse o dia em um parque, ou brincando muito, tinha pesadelos a noite inteira. Enfim, nessa noite sonhei com algo que nunca pedi. E mesmo quando acordei continuei triste, ainda sinto essa dorzinha agora, que aliás combina bastante com esse domingo cinzento.


Tão difícil entender, o que anda por trás do nossos pensamentos, o que será que nosso subconsciente enxerga? Mas também, se não fosse por ele, não me conheceria tanto, e nem experimentaria sensações que pensei serem inexistentes.

Aos poucos o sonho vai se apagando, assim como a saudade que machucou durante o dia...
Parei de tentar entender esses mistérios das sensações... Não é a toa que somos tão complexos...



" São tempos difíceis para os sonhadores..."


Tenho colocado tanto u2 aqui, e relembrado muitas músicas da adolescência, que eu acreditava que falavam por mim, e hoje vejo que falavam mesmo... =)





sexta-feira, 24 de setembro de 2010

No Guilt

Ainda estamos em setembro, mas 2010 me impressionou muito. Tantas resoluções, tanto aprendizado, que nem reclamarei dessa vez do quanto o ano passou voando. Ele foi produtivo. Posso dizer que com tudo que recebi, até agora, aceitei de peito aberto, e sinto meu crescimento como pessoa. Há alguns anos, não me reconhecia mais. E isso estava me envenenando, e é chegado o momento em que essa bomba explode. As consequências são dramáticas, mas de um valor inestimável. A sua liberdade.


Finalmente aprendi que no matter what precisamos evoluir. O caminho, pelo que eu vejo agora, é a compreensão, a garra, a fé, o amor por tudo, e principalmente por nós mesmos. Nunca consegui ouvir elogios, até hoje me incomodam um pouco. Me sentia mal por fazer qualquer coisa que me desse prazer. Dizia sim para as pessoas, me deixando pra trás em muitos momentos. Mas 2010 me deu de presente a capacidade de não me culpar mais. E de me assumir, me amar... Sou intensa, e descobri que para me movimentar, para fazer meu mundinho girar, eu preciso me entregar, me dar pela metade só me fazia mal, o preço que a outra metade me fazia pagar era muito alto. Hoje me entrego ao que me comove, ao que mexe comigo. Isso, associado ao respeito que sempre tive pelo outro, tem me feito muito feliz... Nunca é tarde, e agradeço muito tudo que me levou até essa paz.



Escrevo isso porque hoje, tive 2 presentes emocionantes, ainda não caiu a ficha. E agora vejo, que toda compreensão que tive, valeu muito a pena. Todas decepções foram necessárias, e os nãos muito merecidos. Constatei que à partir do momento em que você deixa ir qualquer coisa mesquinha, qualquer onda negativa, o vento muda a seu favor. E você finalmente entende o outro, e que o outro é como você. E todos obstáculos muito menores que sua capacidade de renascer.


Obrigada vida, por finalmente me ensinar a me entregar sem sentir culpa. Finalmente a primavera chegou...





quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Drama Queen


Ah, liberdade! Tô me livrando aos poucos de um vício, vício esse mais forte que o doce. O DRAMA. Essa coisinha insuportável, que a gente anda de mãos dadas pela vida. " Meu Deus, que absurdo isso que ele fez comigo" No drama - "Próximo", " Ah, mas eu era a pessoa perfeita p/ esse trabalho" No drama - " Ih, vem um melhor aí", " Mas esse projeto muda o tempo todo, nunca vai acabar", No drama - "Minha chance de crescer, e ser mais versátil"... Poxa, como consumimos nossa energia a toa. Claro que aquele draminha, " poooooxa, acabei de fazer as unhas, e uma já quebrou", "Ái, perdi esse show nãããão acredito", isso é até charmoso... A vida cobra o tempo todo nossa capacidade de contornar situações, relevar... Nessas situações, nos mostramos de verdade.


e daí se as coisas nunca saem do jeito planejado, porque nunca saem mesmo, se seu corpo não é perfeito, algumas metas fluem outras ficam pelo caminho, se a relação acabou, se a saudade dói, seu trabalho foi praticamente perdido, apertos de grana, de coração... Coisas muito mais especiais fazem parte de você e da sua vida, e você nem dá valor... E afinal "Mulher sem celulite não dá nem pra conversar"!!! Vamos colocar em prática nosso lado camaleão... E ter um pouco mais de prazer nessa vidinha mais ou menos! HAHAHAHAHAHAHA

domingo, 12 de setembro de 2010

Life is like a song


Nossa, incrível como alguns artistas conseguem resumir um momento. Aqueles momentos inexplicáveis... Não se pode traduzir emoção né? Sempre penso no momento que um artista resolveu pintar, escrever, compor... Ninguém pode fingir, ou criar algo tão profundo, que sensibilize tanta gente. Aqueles momentos que nos identificamos, dependendo do momento que estamos vivendo.

Saindo do cinema outro dia, esbarrei com dois homens que não são brasileiros, e estão se aventurando aqui no Rio vendendo imagens ampliadas de bandas, pinturas famosas, filmes clássicos numa calçada de Botafogo. Fiquei com vontade de comprar tudo, eles realmente tinham bom gosto. Mas bati o olho no "Beijo" do Gustav Klimt. De repente pelo meu momento, ele foi o vencedor. E está aqui, em frente a minha cama, me fazendo suspirar todos os dias quando acordo.
Incrível tudo. A colcha dele com formas diferentes da dela, flores, sensualidade, tão bucólico, envolvente... A postura dela, desprotegida, delicada contrastando com a dele, viril, vencedor... Aquele momento que o mundo inteiro some, e só fica aquela admiração, carinho, orgulho pelos momentos que tiveram, ou pelos que estão por vir...


Nós, mulheres, batalhamos para construir, manter, colocamos cada pedra da nossa fortaleza. Edificamos, nos adaptamos, não descemos do salto. Nos acostumamos a chorar no banho, a sorrir quando a cólica consome toda energia, quando o coração está todo partido. Mas abrimos mão de qualquer coisa em troca desse momento. Quando nossa armadura está longe, talvez no chão junto com nossas roupas. Nossos cavaleiros que abrem a garrafa de vinho, aquela tampa fechada a vácuo, seguram nossa bolsa, ficam ligados na movimentação da rua, é muito bom sentir essa proteção. E é uma delícia também cuidar desses grandes homens, com todo carinho, sutileza, sabedoria... Nós, que por trás dessa fragilidade somos desbravadoras, bruxas intuitivas, temos uma capacidade imensa de nos recompor, um radar que percebe qualquer coisa anormal, o dom da palavra, do toque... Afinal, tirando a capa de guerreiros, ficam os meninos, eternos meninos.



É, olha o que Gustav Klimt provocou em mim, hahahahahahahaha.







sábado, 4 de setembro de 2010

Fênix

Não é segredo que comecei a escrever para me ajudar a curar uma separação. Me descobri, me expus, sonhei alto, fui nostalgica trilhões de vezes. Que puta remédio foi isso aqui. Além do carinho de mãe, das insubstituíveis amigas, dos novos amigos, do trabalho, e de mim. Vi que sou suficiente, me olhei e gostei do que vi, além de reconhecer todos os pontos que preciso trabalhar. Reservei um espaço virtual, um tempo, me permiti, me senti, cuidei mais de tudo. Vi que o tempo e o silêncio são importantíssimos, e aceitei os presentes que a vida foi aos poucos soltando. Uma separação é dolorosa. Sem dúvida... Dos pais, de amigos, de amores, separações físicas, vazio entre duas pessoas. Aprendi que as duas pessoas podem ser fantásticas, mas quando o tempo delas termina, não tem porque forçar, ou ficar amarrado. É como se você prendesse p/ sempre um beija-flor lindo à sua rosa, ele precisa conhecer e se apaixonar por outras rosas, e a sua rosa precisa ser contemplada por outros beija-flores. Falei muito aqui, aprendi, o blog me ajudou, tudo no passado, não por acabar com o blog, mas porque sou outra, minha vida é outra. E senti vontade de concluir isso. Um marco para mostrar e abordar aqui minhas novas perspectivas, idéias, situações, pessoas, minha crescente paixão pela área do trabalho... Foi delicioso me mostrar. E como isso aqui aliviou minhas dúvidas!!! Hoje, voltando para casa vi uma estrela muuuuuuuuuuito brilhante, grande, deve até ser um planeta, mas prefiro pensar que era uma estrela, e digo mais, to muito metida. Senti que ela me acompanhava, e fiz um pacto com ela, de ser feliz pra sempre. E poder assim trocar muita coisa boa com esse mundo. Que nunca esqueçamos da nossa estrela...












sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Le Petit Nicolas


Quando penso nas primeiras sensações e imagens do mundo me que vem à cabeça, lembro da minha mãe se desdobrando para colocar um presente da "fada do dente" embaixo do meu travesseiro, do leite quase que sem chocolate que meu pai preparava, do meu triciclo, das tardes que passava brincando as vezes até sem saber o nome da amiga, da bruxa que eu tinha certeza que existia atrás da minha cortina, da cabana de edredon que meu irmão construía, dos meus sonhos malucos, e da visão quase futurista que uma criança tem da vida.

Com todos esses padrões estabelecidos, esquecemos o quanto é bom levar a vida com leveza.
Não deixar o medo tolhir você. Olhar para o mundo, de um jeito romântico, cheio de fé, atraído pelos desafios. Se achar especial diante da galáxia, ao invés de se sentir pequeno dentro de um quartinho, ou de um escritório. O que você quer ser quando crescer? Já abandonou seus planos?
Já considera suas manias ridículas e se sujeita ao blasé? Não se estimula mais com aquele sonho maluco?

Lembra do quanto era gostoso, enxergar as coisas com os nossos olhos? Nenhum projeto parecia grande, porque tudo comparado até mesmo à você era imenso (tiquinho de gente), mas não nada superava suas idéias mirabolantes.

Fico extasiada quando vejo fotos de qualquer pessoa, quando criança. Melhor ainda quando reconhecemos na hora, o mesmo olhar.

Eu tenho uma coisa muito maluca, culpa desse coração mole; não consigo guardar nada de ruim de uma pessoa que eu tenha visto como ela era na infância. Está ai a dica para se safar de qualquer uma comigo. De repente se eu visse uma foto do hitler moleque ainda sim ia querer dar uns cascudos. Por isso, salvo as exceções, nada me derrete mais do que um olhar de criança. Ah, outra história: meu ex sogro passou para DVD imagens lindas, de quando os filhos eram crianças. Acho que naquela época nunca fui tão apaixonada pelo meu ex, depois que assisti. E, quando estava chateada com ele, era só assistir (é, fiz uma copia para mim!!!) que toda a discussão sumia da cabeça.


Talvez eu tenha um jeito muito diferente de encarar a vida. Minha mãe diz que pode ser por eu ter sido ou ser não sei uma criança índigo, minhas amigas dizem que por eu ser muito aberta e me entregar com facilidade, meu chefe vive puxando minha orelha pelas minhas reações imediatas e precipitadas...


Se me fizerem essa pergunta, complexa, sacana até "o que você quer ser quando crescer", hoje respondo sem medo: "quero continuar vendo o mundo com olhos de criança". Acho até que existe uma letra com essa frase, talvez brega, clichê, mas verdadeira. Se desse percurso que fiz até agora, tiver alguma coisa que eu possa ter orgulho é disso. De continuar a mesma, com uma bagagem maior, algumas curvas que se eu não tomar cuidado virarão lombadas, umas cicatrizes, algumas responsabilidades, novos sonhos, um pouco menos de ansiedade, um pouco mais de café, de bom senso...


É, o grande desafio é esse...

“hay que endurecer, pero sin perder la

ternura jamás”

che guevara

* Assistam esse filme! Tem gostinho de sonho!!!



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Furacões, tempestades, wonderland...




Desde pequenas podemos reconhecê-las, são sonhadoras, criativas, questionadoras, curiosas... Passam normalmente a adolescência e o início da fase adulta perdidas, procurando um lugar para se encaixar, um padrão que agrade, uma independência falsa. Começam a se comparar com as outras amiguinhas de infância, que estão naquela relação à dois perfeita, aquele emprego encaminhado, aquela vida pré fabricada anos 50.

Mas a maturidade chega e mostra que aquele noivado que a "menina arteira" escapou só ia trazer infelicidade, que aquela vida pré moldada que a sociedade impôs viria com um dissabor em anexo, que a escolha por fazer algo que realmente dê prazer e seja útil e se aprofundar nisso foi a melhor opção. É preciso muita coragem para ser feliz, e aceitar que o caminho para ela, seja quem for, é muito mais longo e por isso terá muitos obstáculos.

É uma pena que muitas pessoas vivam corroídas pela insatisfação, com arrependimento de não terem perguntado mais, gritado mais, se conhecido mais, escolhido melhor, se entregado mais, terem tido experiências que arrepiam até o último pelo do corpo.

Sei que somos muito cobrados, e esperam demais de nós. Mas nada vale mais que a nossa felicidade. Afinal, as coisas cômodas, burocráticas, enfadonhas, monótonas e tacanhas movem o mundo?


Acho que a plenitude caminha junto do trabalho árduo, da espontaneidade, das coisas feitas de corpo e alma, do auto conhecimento, do conhecimento geral, em geral... E são essas menininhas, e menininhos também, agitados, inquietos, cheios de perguntas que fazem a diferença.


Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

Chico Xavier

Nunca é tarde para romper com a estagnação...


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mysterious Ways




Chega uma hora que você cansa de definir tudo na vida. Algumas coisas deixam de existir, outras continuam mais fortes, e o inesperado parece invadir a gente. Alguém que conseguiu ultrapassar a barreira, hahahahahahahaha, e você nem teve tempo de impedir.



Hoje estava mais elétrica que o normal, passei a noite inteira pensando em uma reunião, e minha adrenalina só foi aumentando, aumentando... E incrivelmente meu coração estava em paz. A mente a mil contrastando com uma sensação que não consigo definir. É boa, muito boa.



Sem promessas, sem nomes, sem nada a oferecer. Essa é a fase. Meu holofote está totalmente virado para mim, mostrando tudo de bom e de ruim, tudo que pode acontecer, e me obrigando a ter prazer na minha companhia.


Ah, e a reunião fluiu muito bem!!!



"Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar."


Retrato Pra Iaiá

Los Hermanos


domingo, 15 de agosto de 2010

O prazer é meu



Existe um livro com esse nome. Mas não falarei dele.
Esse tal ano de vênus tem sido muito intenso. E o ano do Tigre também, no horóscopo chinês, o meu signo. "2010 exigirá de você decisões, preto no branco, nada de enrolação." Amém!

Quem me conhece sabe que sou muito ligada nisso, me interesso por tudo que esteja ligado ao astral, à energia. E meu ano não poderia ser definido de outra maneira, a previsão já fez isso lá trás. Mas se alguém me contasse tudo que tem acontecido, eu não acreditaria. Um vendaval passou aqui, levou tudo de defasado, mas mostrou que minha estrutura está longe de ser frágil.

Engraçado como muitas coisas que acreditamos amar, e damos valor, não passam de um passado empoeirado impregnado na nossa vida. Fazem parte daquele sentimento medíocre: apego. Tudo para ser preservado precisa acompanhar nosso crescimento, nossa jornada. Precisa nos acrescentar de fato. Qual a utilidade de guardar algo que parou no tempo, ocupa espaço, atrapalha a chegada de novas coisas, e faz até as pessoas questionarem você do por que de levar uma coisa consigo, que não realça o seu valor e só te faz mal. Essa coisa, seja lá o que for, já foi importante no seu passado. Mas a dinâmica do mundo é diferente, precisamos doar tudo que não nos serve mais, e dar lugar a outras coisas que o destino traz. Isso é fantástico. E aquilo que não nos servia mais, alguém vai precisar, vai reciclar, esse ciclo maravilhoso, que antes que morria de medo.


Enfim, resolvi colocar esse título, que não tem nenhuma conotação sexual, ou pelo menos não está restrita a isso. O prazer precisa englobar tudo. E tenho sentido isso, aliás, percebi que sou assim. De repente é esse o meu diferencial. O meu problema em me aceitar em vários pontos, em não me valorizar não atrapalhou esse ponto, que tenho desde novinha.


O prazer em estar comigo, em me dar ao luxo de fazer o que sinto vontade, me recompensar, me divertir malhando, conversando com minhas amigas, com minha família, com meus colegas, sentir prazer em aprender e ser útil, em me dar algum presente, em reservar um tempo para mim, fazendo o que me estimular na hora, rir sem culpa, comer sem culpa, viajar sem culpa, PRAZER SEM CULPA. Eu me entrego ao momento, talvez por isso seja feliz. Não sei dar metade de mim, se aceito, entro de corpo e alma.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

I put millions of miles, under my heels


É preciso ter muita estrutura para ser autêntico nesse mundo. É por acreditar que ninguém é melhor que ninguém, que ninguém deva se submeter à ninguém, por expor minhas idéias, que as vezes passo por estradas mais complicadas, os atalhos me incomodam. Tudo que não me parece real, me traz angustia... Aquela trilha mais rápida, aquele conforto imediato, aquela segurança seca me atraem muito. Mas acabo escolhendo o genuíno.


Nunca sonhei em ser dona de casa para um príncipe encantado. Meu sonho sempre foi ficar ao lado de uma pessoa que seja curiosa, que busque verdades, que queira correr comigo, não importa para onde. E que entenda que o curso do meu rio, só a mim diz respeito. Que ser um companheiro é muito mais do que ser dono da minha história. E penso isso de todas as relações. Estamos aqui para somar, e não para nos anular.






Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!

Friedrich Nietzsche


* A coletânea do caderno essencial é muito boa








segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Wonderwall

A gente passa por essa vida, e alguns dias se destacam, tanto por tristeza e pelo aprendizado como consequência, ou pela felicidade mesmo, aquele dia em que estamos transbordando...

Hoje foi muito especial, esses dias que nos mostram que TUDO vale a pena. E todo esse mistério, esse inesperado é fascinante demais!!!!












(...)
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.


Vinícius de Moraes

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Todas as cores do mundo

Não consigo imaginar um mundo sem cor. Sem tempero. Sem vibração. Sem estímulo.Sem adrenalina. Sem porque. Batalhamos, sempre por alguma coisa. Vivemos sempre estimulados por algo. Acho que isso é o amor pelas coisas, paixão pela vida. E uma coisa sutilmente substitui a outra. Não que as coisas sejam substituíveis, a maioria não é. Mas as outras facetas da nossa vida, sempre aliviam os lados carentes, murchos. Precisamos de inspirações, mesmo se for aquele perfume inebriante de dama da noite que passa bem rápido. Ou aquele trabalho que deu certo. Ou a risada coletiva da sua família em um almoço. Ou aquela comidinha depois de um dia exaustivo. Ou a saída sem rumo com as amigas... Nada é formado por um componente só, existem muitos... E tenho essa necessidade. De me sentir estimulada, de gostar do agitado, querer tudo no extremo. Claro que sinto as consequências, porque nada funciona assim, nesse ritmo frenético. Mas percebi que essa foi a forma que encontrei de excluir qualquer coisa romântica, qualquer resquício disso no meu dia dia. Aí, outro dia assistindo mais uma vez "Orgulho e Preconceito" vi a falta que isso me faz. E como faz. Nossa, e me lembro o quanto é bom tudo isso. Planejar viagens, passeios, conversas, ficar sem saber, fazer parte da vida do outro, se produzir, sonhar... Ah como isso tudo é gostoso...

Mas precisamos estar prontos, como tudo nessa vida, há muito desgaste também... Mas deixei escapar um "Será...?" depois que assisti nessa última vez... Choses de la vie




Gente nova brotando


Confesso que já há alguns meses ando apaixonada. Engraçado que isso sempre fez parte da minha vida, e eu até agora pouco queria dar outro rumo à minha carreira. Pois é, começar a estudar e trabalhar com isso tem me dado muito prazer. Quando eu digo para as pessoas elas perguntam "Por saneamento? Esgoto?" SIMMMMMMMM! Por todo percurso da água, pelos quatro componentes do saneamento, pelas soluções alternativas e inteligentes! Essa consciência correta, sempre pensando no meio ambiente me encanta muito. Ainda não sei nada, quero aprender muito mais. Mas já percebi o porquê de tantos países com muito menos abundância, terem uma estrutura muito melhor que a nossa. Lá todos tomam decisões ponderando sempre os impactos ambientais. Aqui, a mentalidade é "Não sou da área, não tenho nada a ver com isso." O legal disso é que todos com essa inversão de valores, esperam a água tratada e abundante saindo da torneira, e devem achar que o esgoto desaparece como em um passe de mágica!



Mas por outro lado, tem tanta gente capaz, brilhante, com idéias renovadoras e possíveis, que me faz acreditar que o que falta é o comprometimendo dos orgãos competentes e uma educação ambiental para toda a população. Não me isento não, me sinto muito alienada quando vejo hoje esse absurdo que é o nosso saneamento, a falta de infra-estrutura geral, e o descaso.


E, como deixei transparecer nesse post, estou amando conhecer tudo isso. E quero, contribuir de muitas formas, porque apesar dessas críticas, foi depois de conhecer tanta gente boa, inteligente, capacitada, que essa onda de otimismo tomou conta!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças

Gostei muito desse filme quando assisti pela primeira vez. E muito mais agora, que assisti novamente. E acho que todo mundo, pelo menos uma vez na vida pensou nisso. É tão prático quando usamos no computador, não seria nada mal usarmos uma tecla "delete" na nossa cabeça também.



Quando começamos outro ciclo, não podemos imaginar que o que vai incomodar mais são os pequenos detalhes. "Precisamos matar um leão por dia". Super manjado, mas so true.


E como tudo na vida, só entenderemos o significado depois. E por fim, veremos que o corpo é muito sábio. Aquela cicatriz dolorida, que a gente tanto quis apagar, fica finalmente adormecida. E se torna um lembrete precioso de onde passamos, e do que não devemos fazer para evitar que outra apareça.


E essas lições nos preparam para algo maior...






sábado, 17 de julho de 2010

Projeto "Eram os deuses astronautas?"


Penso nisso há muito tempo, desde que meu pai me falou sobre o livro "Eram os Deuses astronautas?", visitar todos, ou a maioria dos lugares citados. Assisti também o documentário em que o autor Erich von Däniken mostra e explica cada ponto abordado no livro. Mas com certeza deve ser muito mais emocionante ir pessoalmente conhecer. Sempre tive um fascínio por mistérios, astrologia, astronomia, antigas civilizações, tecnologias e medicina usadas, energia... Tudo isso não passava de uma fantasia na minha cabecinha. Mas com o tempo a gente consegue distinguir os sonhos possíveis dos impossíveis, e agora o meu plano é: dar prioridade para conhecer esses lugares. E vai casar direitinho, porque já pensava em visitar meu irmão, e por isso vou começar por Stonehenge, Inglaterra. Não vai ser agora. Preciso me programar: $, trabalho, faculdade... Mas quero documentar de alguma forma. E acredito que essa energia, que com certeza é elevada, vai me acrescentar muito. Espero além de poder conhecer esses lugares, poder colher informações sobre a arqueoastronomia, o sistema usado, a cultura... E, como tudo nessa vida passa super rápido, logo logo estarei fazendo aqui o meu diário do projeto.





Gente mais The Strokes, tava com saudade!!!


Reboot II







"A ideia é que seja descartado tudo que não serve mais, para que as coisas possam ser construídas do zero, melhores do que eram."


isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além




(Paulo Leminski)









segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um tempo só

Parece ontem, quando chegava do inglês me jogava na cama, sempre ouvindo música e imaginando minha vida. Hoje, indo para uma reunião ouvi uma música do green day, e descobri que eles virão ao Brasil em outubro. E sei lá, tive a sensação de que o tempo não passou. Ainda bem que algumas coisas nos fazem lembrar de momentos tão gostosos. Green Day, Red Hot Chili Peppers, Guns, the offspring, men at work,u2,bob marley,ub40, spy... Marcaram meus 14 anos. Nossa eu curti. Minto, ainda curto! Conheci outras bandas, outros estilos, e continuo viajando na música...


Outro dia a Flavia falou uma coisa muito legal, "quando não reconhecemos mais a criança dentro de nós, estamos mortos". E nossa, realmente! Ainda bem que meu entusiasmo é o mesmo, a paixão pela vida também, os sonhos apesar de sempre mudarem, são muitos... A experiência não pode nunca tirar nosso brilho. Precisamos de aspirações, sonhos, dose de adrenalina, suspiro, vontade de conhecer...


Continuo a mesma boba que chorou no show quando ouviu "under the bridge".

E, coincidência ou não, consigo ver uma criança no olhar de todos que fazem parte da minha vida. Que são partes de mim. A ingenuidade da minha mãe, o entusiasmo dos meus irmãos, os sonhos do meu pai, o olhar doce e curioso das minhas amigas, as brincadeiras dos amigos, a vontade de mudar o mundo do pessoal do trabalho e do professor que é muito especial p/ mim , a alegria de menino do meu avô cuidando das coleções dele, a felicidade da minha avó quando ganha qualquer lembrancinha...


Em alguns momentos, em que tudo parece não ter tempero, precisamos resgatar essas crianças malucas, serelepes , que foram deixadas em algum lugar.

Estou fazendo isso, nesse momento da vida. Percebi o quanto estou descrente com qualquer desconhecido, acabo sendo cínica e irônica com quem nem conheço. Precisei ouvir isso da Flavia, para me tocar que o mundo não pode ser fechado como o meu está. Amor, amizade nunca são demais. Quanto mais melhor. E que eu consiga reconhecer essa leveza em mais pessoas...








domingo, 11 de julho de 2010

Oh you look so beautiful tonight

Acabei de voltar de um dia maravilhoso. Hoje foi despedida de solteira de uma pessoa linda, que se tornou minha amiga, por ser prima de grandes amigas. O dia foi light, só com mulheres, sem aquela coisa clichê de strip. Foi super divertido, um dia que foi mais ou menos programado, e os imprevistos geraram várias gargalhadas. Ninguém quis provar nada p/ ninguém, impor, mostrar... Hoje a preocupação foi a diversão, e a atenção merecida para quem está vivendo de repente umas das fases mais gostosas. Aquelas em que você está certo do que vai fazer. Está satisfeito, entende todas as pedras impostas pelo destino, aquelas que a levaram ao lugar maravilhoso. Ái, me emociono muito com isso. Alias, no meu tempo livre não me cansaria de ver histórias, ou momentos assim... Nada mais desagradável do que notícias bizarras que rendem, pessoas que se lamentam, que nunca se satisfazem, ataques e mais ataques... FODA-SE (desculpe-me) se superação é a breguice do brasileiro. Amo ver vitórias, voltas por cima, e o mundo girar. Nada mais ultrapassado que gente falando mal de gente, amarguice, ego inflado, blablabla. Vamos evoluir gente. Dar atenção a coisas relevantes, que nos fazem bem. Chega de dar ibope ao desnecessário, cultivando essas energias medíocres. Vamos aprender a elogiar, apreciar, aprender, filtrar, AMAR. Apostar no bem, for change. E desejar aos outros o que queremos para nós. É o que desejo hoje, para essa amiga que está mais brilhante que nunca. Que esse caminho que já está sendo construído, tenha muitas flores.










quinta-feira, 1 de julho de 2010

Let's go pro!


Já falei disso antes aqui, mas me deu vontade de escrever de novo. Meu medo de envelhecer tem diminuído de um tempo pra cá. Engraçado, sempre pensei que os 20 seriam meu auge, agora penso nos 30, 40... Não tem nada mais encantador que a maturidade, a sabedoria. Outro dia estava indo de um campus p/ o outro, e na hora do almoço sempre esbarro com uma galera saindo do colégio. E duas meninas estavam conversando, de um menino que uma delas estava afim, mas que ele não estava demonstrando porque gostava dela. HAHAHAHAHAHAHAHA Já conversei muito isso com as meninas também, de repente até pouco tempo atrás, vai saber.


Algumas coisas perdem o encanto pra gente, outras ficam mais interessantes... A gente vai deixando nosso "radar" cada vez mais afiado. Não só nas relações amorosas, em todas. E cada vez mais percebe que a paz e o equilíbrio valem ouro. É realmente inútil tentar convencer alguém das suas convicções, discutir quando percebe uma mentira, uma traição... Afinidade não é isso, e as relações não podem ser construídas assim. O aprendizado também é gostoso, um pouco dolorido, mas só enriquece quando nós vivemos. E não outra pessoa, conselhos, livros...

terça-feira, 29 de junho de 2010

Meu focinho gelado


Hoje acordei pedindo que uma força superior me ajudasse a sair da cama! HAHAHAHAHAHAHA!
Minha cama modéstia a parte é uma delícia, meu edredon também, minha sheepdog dormindo pertinho, também mais uma gostosura, e aquele nevoeiro com cheirinho de mato molhado estava demais... Tomei um café, coloquei uma musiquinha e saí... Agradeci por ter saído, por mais pedreira que o dia seja, é muito bom estar vivo, produzir, ver gente, conversar, ver o dia...

Assim como é legal, poder escrever sobre isso aqui. Não sei se isso é minha descoberta diária, se expresso aqui tudo que não posso ou não faço normalmente, se é um turbilhão de sentimentos. Me faz bem, isso que importa. Acho que a preocupação de todos deveria ser esta. Mas sem prejudicar ninguém. Porque no final, o que prevalece são as coisas feitas com o coração, com entrega, com espontaneidade. É realmente inútil tentar queimar alguém, enganar, enrolar, julgar, remoer... De repente surte algum efeito na hora. Sei lá. Deixa pra lá, hoje acho graça disso tudo, associada a uma indiferença...


Voltando a minha peluda, Maggie, não acredito que nunca falei dela aqui. É uma figura, uma pessoa, um cão, um amigo, muito especial. Foi amor à primeira vista. Minha né?! Ela ainda não tinha os olhos abertos, aquele pelinho colado, todo frisado, aquele bafinho de filhote... Depois era a mais safada, limpava os irmãos, puxava o cadarço alheio, se enfiava em qualquer buraco... Hoje é uma companhia que não tem igual, tem um olhar doce, caçadora, maluca, cheia de manias, e parece entender todos meus momentos, olhares, sentimentos... Não dorme se não estou bem, se estou acordada, passa o tempo todo observando. A não ser que tenha ganhado uma bola nova, ou esteja caçando algum bicho.


Quem nunca teve um amigo desse, talvez não entenda o quanto é especial.

Acho que essas histórias mostram como a ligação, o carinho independe de qualquer espécie. Bicho, ou vegetal... Quando há entrega, qualquer conexão é possível.
Acho bem chata a trava que nós temos, curtir sempre deixando um lado preso, preservado, escondido. Tudo bem, é necessário. Mas e daí, deixar o mundo invadir você de vez em quando? Quem nunca quis se queimar...



sábado, 26 de junho de 2010

Night must fall

Achei um video legal que fizeram com uma música que ouvia muito na adolescência, e que já era um rock antigo naquela época. Normalmente a gente se identifica com as coisas, pelo que elas nos faz sentir né? Essa música me passava muita paz, e ouvia mil vezes, no meu cantinho, hábito que tenho há muito tempo. Legal achar essas imagens que fizeram, junto com essa música. Tudo isso me fez pensar em alguns momentos muito bons da minha vida. E na grande maioria deles, eu aplicava uma coisa que acredito muito, mas que não tenho feito hoje em dia. Sob o meu ponto de vista, o melhor jeito de viver. O de deixar tudo fluir, algumas coisas se resolverem por si só, aproveitar cada momento, até aquele banho corrido - em que ficamos raciocinando sobre o nosso dia -, e sorrir mesmo quando parecer impossível. Engraçado como algumas coisas resgatam na gente coisas esquecidas... Uma música, um sabor, um cheiro, uma imagem...





domingo, 20 de junho de 2010

DICA

Experimentem ouvir Nouvelle Vague, acompanhados, sozinhos, com vinho ou sorvete...



DELICIOSO!!!!!!!!!!!!!!


sábado, 12 de junho de 2010

Love Actually


Ontem conversando com umas amigas, disse o quanto era estressante sair em uma data comemorativa, que eu comemorava mas que era um dia super comercial blablabla. Aí depois pensei nisso tudo, e percebi as coisas idiotas que disse. Lembrei de uns anos anteriores, o quanto eu me preparava para esse dia. O quanto o dia realmente era especial para mim na época. Um dia dedicado somente ao casal, com o gesto de carinho que for. Nossa memória é curta né? Eu por estar focada em outros assuntos, rindo do dia que para quem está apaixonado é especial sim. Não importa que os restaurantes,cinemas,teatros, pousadas, floriculturas fiquem cheios. O que importa é a intenção, o gesto. E acredito também, que não é só para quem tem alguém esse dia é especial. Eu por exemplo estou enamorada de mim mesma, pela vida e por tudo que faz parte dela. E espero que o dia seja de amor para todos. Um dia realmente dedicado à isso!