quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Don't go changing

Há tempos que me cobro escrever algo sobre meu início. Por mais gratos e satisfeitos que devemos ser, algumas cobranças, expectativas e sonhos são essenciais, movimentam a vida. Eu sempre achei que o trabalho, ou seja, nossa contribuição fosse o nosso maior diferencial entre os animais. Determinante no nosso prazer, auto-estima, nas nossas metas. É a mesma coisa que sinto quanto ao fato de ser mulher, por mais que eu adore todos os detalhes conturbados de ser uma mulher, acho que só serei plena o dia que gerar um filho. A natureza é cruel. hahahaha!

Voltando ao assunto, eu não posso sintetizar aqui, o que é o projeto, meu trabalho, meu aprendizado. Além de não ser uma coisa que possa ser facilmente resumida, a questão não é essa.

Como em todas relações na nossa vida, os detalhes de uma vida profissional começo a perceber agora, ainda engatinhando, e mais uma vez, como tudo, é completamente diferente da teoria, mas ainda sim, - com todos espinhos- muito prazeroso.

Sempre idealizei muito, tudo. Acredito que nesses casos, a surpresa é ainda maior. Me descobri mais feroz do que imaginava, mais simples, transparente, por mais que a falta de jogo de cintura só me atrapalhe. E, o mais importante, entrei no jogo. Como nunca antes... Uma amiga uma vez comentou "Como é fácil tirar alguma coisa da Larissa". Bem verdade... Mas aprendi que ser competitivo não é feio, é sim muito, mas muito, necessário. Achava negativo, e até ridículo brigar por uma coisa. Não por me achar incapaz, mas achava que tudo que exigia muita luta não valia a pena. Porque "o que é para ser nosso ninguém tira". Ah tá, aham.


Nessa vida "os dados vão continuar rolando", nada está ganho. E você, como em qualquer conquista, precisa seduzir, se fazer necessário, aprender, ser humilde, ensinar, reconhecer... No início fiquei muito rebelde, por causa dos disfarces, "peixes ensaboados", malandros incapazes...
Na verdade, nossa postura não precisa mudar nunca. A idéia de precisarmos ser camaleões, versáteis não significa nos violentarmos, mudarmos por qualquer coisa.

É aquilo, de quanto mais a gente aprende, mais sabe que não sabe nada. Chavão, só que mais uma vez so true....

Acho que consegui fechar aqui, tudo que senti nesse início. Não faria sentido falar aqui sobre as questões práticas e teóricas do trabalho em si, até porque isso aqui sempre me ajudou a catalisar todas sensações, explosões...


Tem me dado tudo que preciso para me entregar, todo combustível...