sábado, 14 de novembro de 2009

Yin-yang






Yin Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do príncipio da dualidade de yin e yang.

Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

  • Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.
  • Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino
(Yin-yang segundo a Wikipédia)


Esse encontro com as meninas, realmente me inspirou - tive um reencontro comigo, menina, com
meus desejos mais puros, minhas idéias mais autênticas, descobrindo meu jeito, me abrindo para
o desconhecido...


Tenho vivido numa pressa, que meu piloto automático tem estado muito mais presente na minha
vida.
E, acabei esquecendo meu maior anseio, o de ser equilibrada.

A idéia do equilíbrio logo me traz a imagem do sereno, pacífico, a atitude ponderada, do silêncio, das músicas instrumentais,
dos pesos opostos e iguais,da voz doce, da calmaria do mar...

Engraçado como somos conservadores até com as idéias! Hoje, aceito o fato de certas coisas que não me traziam uma sensação
boa, serem necessárias até para nossos mais legítimos e inocentes planos.

Como mudar - sem sentir um incômodo, como se movimentar, raciocinar - sem o minimo de adrenalina, como ser eu - sem ser egoísta,
como querer o bem - sem ter fé, como ser uma mulher forte, completa - sem ser frágil e menina, como ter a paz - sem fazer guerra (super
manjada essa, hehehe), como batalhar pelos sonhos- sem impulso, como ter coragem - sem medo, como ser seco- sem ser meloso, como fazer
a arte- sem a tristeza, ser feliz - sem a desilusão, a calmaria - sem o turbilhão, querer férias- sem produzir e suar, como querer o
silêncio - sem o barulho, querer ser amado - sem o aperto no peito, o bom senso - sem crítica, querer acertar - sem os erros, ter o conforto- sem as lágrimas, o produto - sem o esforço,
querer o genuíno- sem ter tido o falso, como apreciar a sinceridade- sem ter conhecido a mentira, ser justo - sem ter sido leviano,
ser sério - sem ser irreverente, ser seguro - sem tropeçar,a chuva - sem o sol, sentir o presente- sem a nostalgia...
Acho que das imagens do equilíbrio, a que restou foi a da balança. Tive que fazer uma volta, para concluir o mais óbvio.

Por isso, ser uma pessoa mais tranquila, quem sabe até mais equilibrada, não tem sido uma tarefa, e sim um fruto, por ter aceitado
todos esses ingredientes como necessários.

Nos aceitar, é libertador, e pode nos levar muito mais longe.





Meu mundo se resume a palavras
que me perfuram, a canções que
me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei."

Martha Medeiros

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