segunda-feira, 8 de março de 2010

Aquilo tudo


O que Carlos Drummond de Andrade escreveu sobre ter ou não um namorado, é sensacional! Partindo do princípio de que os relacionamentos amorosos, devem ser prazerosos -salvo é claro o companheirismo também nos momentos difíceis- ter um namorado engloba tantas coisas. Não entendo algumas relações onde você brinca de gato e rato, ou não tem liberdade para se expressar ou contar qualquer coisa. Alguns relacionamentos não parecem de 2010.

Eu já falei muito do meu ex aqui, mas tanto ele como eu sabemos o quanto vai ser difícil encontrar alguém à altura. Muitos amigos já me disseram em números a população mundial, mas encontrar alguém - espontâneo, esperto, que brinque com você, que leia para você(ou você para ele), que curta qualquer momento junto, que seja seu confidente, que fique feliz com um temporal (porque está com você), que valorize você, que tenha defeitos até charmosos, que puxe sua orelha, que planeje viajar o mundo todo ao seu lado, que respeite sua individualidade, que tenha vida própria, que ame os amigos e se interesse pelos seus, que trate a mãe e a irmã com carinho e o pai com respeito, que seja delicado e ogro nas horas certas, que diga não, que inspire confiança sem se explicar ou garantir nada, que faça você rir, sorrir, gargalhar, que se sensibilize com o sofrimento alheio, que seja ético, que faça um trabalho pensando além do bem próprio, que aprecie todas as coisas que fazem bem aos nossos sentidos, que seja um bom amante, aventureiro e caseiro, que desperte o olhar feminino, que não se deixe comandar (apenas finge), que arranque lágrimas apenas de saudade, que ensine sem ser rude ou metido, que ria das burradas ou piadas, que seja humilde, que saiba dar um abraço aconchegante, um beijo que nunca seja igual ao outro, que encontre comigo e me enxergue, e por fim que seja único e insubstituível no meio dessa multidão toda. - Digo mais, meus amigos estão certos: nesse mundo imenso, deve existir alguém sob medida, só deixar um pouco de lado a vaidade que as vezes cega, e deixar o corpo "falar".

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