quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Utopias


Somos tão contraditórios, que chega a ser engraçado. Outro dia, recebi uma crítica "você é uma
menininha, que fala de amor num blog". Isso na hora desceu muito mal.


Tenho por hábito -no dia em que estou mais angustiada- sorrir mais, falar mais besteiras, ligar mais
para os amigos, procuro ler, ver e ouvir coisas agradáveis...
A restrição desse blog é justamente
essa: meu momento leve, meu espaço para declarações, boas recomendações...

Convivemos com diversas pessoas que nada têm a ver com nossos problemas, sejam hormonais, no trabalho,
na vida pessoal... Para vivermos em harmonia, para sermos felizes, para alcançarmos nossos objetivos, temos
muito mais trabalho. Sem dúvida sem mal humurado, infeliz, medroso e amargo é muito mais fácil: não requer esforço algum.

A primeira viagem que fiz - quando saí de mim, dos meus problemas- tinha 15 anos e vivia uma que talvez até agora tenha
sido a fase mais difícil da minha vida. Até então só tinha lido livros que eu precisava ler, ou livros auto biográficos (que adoro até hoje).
Me aventurei num livro chamado "O anel de noivado - Danielle Steel". Que romance maravilhoso, e como um livrinho velho salvou meus dias cinzentos.
Depois disso fiquei viciada nessas viagens que podiam ser feitas através de livros, músicas, filmes, comidinhas, falando amenidades...
Essa é uma recomendação minha, para todas pessoas. "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".
Mas, em alguns momentos temos que usar nossas asinhas como resgate.

Em alguns dias do reveillon, fiquei transtornada com o que aconteceu em Angra-RJ (todo mundo né?!). Eu tinha uma razão especial, alem de todo desastre.
Mas quando soube que não era preciso mais me preocupar, tive coragem de acompanhar (o que o noticiário amou fazer) tudo. E quando cheguei assisti à uma entrevista
em que a mãe de uma das vítimas (que era uma gracinha), conseguiu expressar um pouco tudo que estava vivendo. E falou a música que dedicou à filha no momento da despedida
(breve) "Tears in heaven - Eric Clapton". Que sensibilidade, que música, que letra... Acredito que numa situação dessas, a gente morre um pouquinho. Mas penso ser uma despedida breve.

E se pensarmos: vale a pena sonhar? Essa fatalidade levou uma pessoa que tinha sonhos, era querida, estava no inicinho de uma vida.
Posso ser contraditória, mas acho que mesmo assim, sem saber do amanhã, dos planos da vida, vale a pena sonhar! Sonhar muito alto, somos movidos por nossos sonhos,
e só eles podem nos "salvar" um pouco da realidade!

ADMITO: Sou mesmo uma menininha, que escreve sobre amores e sonhos num blog. Mas uma menina muito maior (do tamanho dos sonhos) do que uma mulher crítica, amarga e pedante de 23 anos. Xiiii, é segredo... =)


DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Mario Quintana

Um comentário:

  1. Quem foi essa criatura Lalá? Deve ser alguém mal amado com certeza...O blog é seu...é seu espaço, vc faz dele o que quiser, escreve o que tiver vontade e, mesmo sendo tão nova, tem mais maturidade que muito marmanjo por aí...
    Beijos.

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